segunda-feira, 27 de outubro de 2008

YOU & ME INNA MARANHÃO STYLE.





















QUE!!! PEDRADAS...

ESSE CARAS SABE DE TUDO - A CAPA FICOUU LINDA...

YOU E ME & JAMBOREE - UM POUCO DA NOSSA CULTURA REGUEIRA NO MARANHÃO


01 - Abertura - Jackie Brown - Wet Baggy


02 - The Starlights - Eiling in the Barn Yard (Version)


03 - Stanley Beckford - Soldering


04 - Rebel Lion - Wicked Babylon


05 - The Eagles - Rasta Pickney


06 - The Pioneers - A Hundred Pounds of Clay


07 - Derrick Morgan - Send A Little Rain


08 - Brenton King - Josephine


09 - Wong Ping - Chinese Brush


10 - Hanley Banton - Dat


11 - Turnell McComarck and the Cordels - Three Card Man


12 - Ethiopians - Knowlegde is Power


13 - Jackie Brown - Living In Sweet Jamaica


14 - Carl Dobson - Whoopin mama


15 - Shorty The President - Rockers Tamborine


16 - Sidney Rogers - Another Lonely Night


17 - Keble Drummond - Your Pretty Face


18 - John Holt - Tree in The Meadow


19 - Delroy Wilson - I've Been in Love


20 - The Chosen Few - Chain Gang


21 - Flora Adams - Fire Fire


22 - Dell Williams - Searching For Your Love


23 - Gregory Isaacs - Heartaches


24 - Trevor Thompson - Just Out Of Reach


25 - Larry Marshall - Brand New Baby


26 - Elpedo Burke - Madgie27 - Euda Jarret - You Hurt Me (BONUS TRACK)




Apenas tente imaginar: uma ilha negra, no meio do Atlântico, com reggae de domingo à domingo. Não, não é a Jamaica. Bom, me deixe contar uma historinha. Já é sabido que o reggae chegou ao Sudeste, de início, via grandes gravadoras que tinham alguns de seus tentáculos pelo Brasil. Já em 1980, quando mal se sabia o que era reggae em terras nossas, veio um sujeito chamado Bob Marley para eventos "diplomáticos" de promoção do selo alemão Ariola, dono da Island. Em seguida, vieram os pesquisadores que, tendo por base, principalmente, a Europa, trouxeram vários discos do que tocava por lá: o rub-a-dub. Até hoje há uma tradição fortissima do rub-a-dub em São Paulo: Don Carlos, Black Uhuru, Ini Kamoze, Twinkle Brothers, são a inspiração pra muitas das bandas e dj´s paulistas. (Hoje, porém, há um movimento significativo e promissor do rocksteady e early reggae, da qual a moçada desse blog faz parte).O fato é que no Maranhão a coisa aconteceu diferente. Na década de 70 pipocavam por São Luís diversas casas de "som mecânico", as discotecas, que tocavam, além da disco music, lambada e outros ritmos latinos. Como os lançamentos desses ritmos eram escassos por aqui, e a necessidade eminente de novidades, devido a concorrência, a única saída foi o contrabando via Cayena e Belém do Pará. Vieram caixas e caixas de discos caribenhos e assim, despretenciosamente, se iniciou uma história de mais de 30 anos com os LP´s jamaicanos que vieram na leva. No começo, não se sabia bem o que era aquilo, mas o publico dançou e aprovou. Por isso, o Norte/Nordeste do Brasil talvez seja o único lugar do mundo onde se dança reggae à dois, que, convenhamos, é bem melhor. As "radiolas", (à grosso modo, o sound system brasileiro) se multiplicaram. Em 30 anos, mais de 400 delas se espalharam só no Maranhão, junto, é claro, com centenas de djem que cada rua de certos bairros de São Luis tinha sua radiola, em muitos casos com os lendários paredões de som gigantescos. E o óbvio resultado: a concorrência monstruosa entre elas, que fez acontecer episódios tragicômicos, como a sabotagem de festas rivais, jogando-se um fio de cobre na fiação elétrica, por exemplo. Mas, o lado bom disso, é que muita gente foi obrigada pesquisar aquilo que havia de mais raro, aquilo que a concorrencia não tocava. Músicas que as gravadoras britânicas e mesmo os jamaicanos rejeitaram até hoje são sucessos absolutos. O cd "You & Me Inna Maranhão Style" tenta adentrar nesse universo das festas de radiola, tão vasto quanto desconhecido por muitos, trazendo algumas das centenas de músicas que fazem a história do reggae ludovicense. Entre risos e lágrimas, cada uma, em algum momento, fez milhares de pessoas enlouquecerem, fez com que comentassem no outro dia, com que esperassem ansiosamente a próxima festa, que são raras, como "Josephine", que chegou a ser comprada por 200 reais de um Dj para ser vendida em cd´s e fitas k-7. O difícil mesmo é tentar fazer um resumo dessa história de décadas ainda inacabada, mesmo com a decadência evidente das radiolas que, ainda devido a concorrência, passaram a fazer produções proprias com cantores amadores em ritmo digital. O que é certo, é que nesse tempo todo, o reggae no maranhão tornou-se riquissimo, dono de acervos espetaculares, e fez com que a boa música saisse da esfera de entretenimento de uma classe média letrada para ser a diversão de gente simples. Aí está um pequenino pedaço de tudo isso.Espero que gostem.
O PROFESSOR AUGUSTO APROVOUU ESSE LINDO DOCUMENTÁRIO FEITO PELO
SATIO DA - youandmeonajamboree

Um comentário:

Unknown disse...

esse link ñ funciona ,vc pode consertar.